Aos 98 anos, Dona Anecy transforma memória e criatividade em arte no bairro Rivera
“Naquela época, usávamos palha de milho. Empalhávamos as
nossas cadeiras e também as dos vizinhos. Era um trabalho feito em conjunto,
com muita conversa e carinho”, recorda com um brilho nos olhos.
Hoje, Dona Anecy adaptou a técnica: ao invés da palha, utiliza sacolas de supermercado, transformando o que seria descartado em peças únicas e cheias de história. Uma cadeira comum leva cerca de 40 sacolas; já uma cadeira de balanço pode chegar a 100.
Mais do que um passatempo, o empalhamento é para ela uma
verdadeira terapia. “Quando não estou jogando algum joguinho, estou empalhando
minhas cadeiras”, diz, com bom humor e lucidez impressionantes.
Costureira aposentada, Dona Anecy dedicou boa parte da vida à máquina de costura, mas nunca abandonou o trabalho manual. Sua rotina ativa e sua disposição em seguir criando provam que a idade não limita — ao contrário, inspira.
Anecy é um desses exemplos raros de resistência cultural, de
amor pelo fazer manual e pela simplicidade da vida. Sua história é uma
homenagem silenciosa ao tempo, à memória e às mãos que seguem tecendo histórias
— palha por palha, sacola por sacola, gesto por gesto.
Esta eu conheço a bastante tempo. É também uma pessoa de muita fé. Parabéns dona Anecy.
ResponderExcluirNão tem preço uma atividade assim e uma senhora não afrouxando o garrão. 🥰
ResponderExcluirQue lindo seu trabalho dona Neci👏👏
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho minha tia querida 🥰
ResponderExcluirEmocionante
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